Diário de uma quarentena - Parte 7 - Ribeirão Preto -SP
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A sétima publicação da série vai ser vista como um pequeno caos. É um compilado de poucas fotos que minha mente permitiu focar nessa última semana... Marcos está fazendo um trabalho fora de casa (em segurança, sozinho, sem contato) mas está fora de casa. E aí estou tento pequenas crises de ansiedade em relação a: meus projetos, que estava 100% focada, e agora não posso estar mais. Atenção para Clarice, que demanda demais, e encontrar meu lugar e espaço nesse novo mundo que é apresentado dia a dia.
Parte desses registros tem a maneira como estou conseguindo lidar com algumas que é fazer ela ter um cochilo, só que isso só acontece a tarde, e tenho em torno de 1 hora para poder fazer chamada sem ser interrompida várias vezes por "problemas" como: "monta uma barraca pra mim? Amarra a tolaha como uma capa. Posso ir dar oi para essas pessoas?"
E aí entra uma questão muito minha, que é: não importa se é ensaio por vídeo chamada, eu levo a sério e não gosto de ser interrompida. Não gosto de sair da linha de raciocínio. Isso é algo que me incomoda de uma maneira que muitas vezes não sei nem expressar... e preciso respirar fundo, pra não pirar lembrando: ela tem 5 anos, ela precisa de atenção.
É impressionante, como tenho paciência com os filhos dos outros, e como acaba rápido minha paciência aqui. QUE exercício.
Uma dança constante de respira não pira nem me tomado nesses dias, e eu só sigo repetindo: vai passar.
Então a sequencia de fotos aqui segue:
- o primeiro dia que trabalhei enquanto pus ela para dormir ao meu lado.
- o sábado que foi feito uma limpa nos brinquedos e no quarto.
- mesmo sábado com segundos de um sofá com as almofadas no lugar uma sala menos caótica (segundos mesmo... acho que a magia acabou quando ela saiu do quarto)
- e o domingo que foi ótimo! QUE DOMINGO!!!
Fizemos cerveja com papai, bebemos (eu e papai, para que fique claro, hahaha) , brincamos com água, arrumamos magunças, brincamos mais um pouco, e foi um dia feliz.
E assim seguimos, acredito que como muitas famílias, um ia de cada vez. Tentando viver com amor, com positividade, com leveza. Mesmo que o cenário lá fora não esteja inspirador, vou seguir me inspirando nessa mocinha, que enquanto escrevo aqui, está cantando, feliz, no banho.