Fotografia de Parto - Hospital Viver - Ribeirão Preto-SP - Nascimento João Pedro
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Trazer fotografia de parto e nascimentos aqui sempre me deixa feliz demais! Então hoje conto a minha história de encontro e contemplação com o JP!
Os conheci via zoom, assim tem sido todos os meus primeiros encontros com as famílias, para respeitar o distânciamento social.
Conheci primeiro a Luana, ficamos mais de uma hora papeando, dessas pessoas boas de conversar, parecia assim, amiga de longa data, ainda mais pra falar sobre parto né? Oxi... assunto que amoooo, se me deixar, passo a vida falando. Haha
Em outra chamada, conheci também o Ale, e dali deu pra ver que o caldo dá bom, os dois tem uma sintonia linda, e um apoio mútuo que inspira. Estava tudo certo! Só aguardar o grande dia!!!
Dia 24/03 chegou e a Dani, doula da Lu, me envia uma mensagem: fica pronta que será hoje. Veio ainda com 38 semenas de gestação, eu aqui acostumada a ir até depois das 40 semanas, pensei: é que dia 24 é um dia lindo para nascer! (dia da minha filhota gente, pensa se não foi uma emoção).
Eu sempre começo os registros de nascimentos em casa, porque é lá que a vida acontece, que as histórias se formam, penso no JP adulto, dando uma espiadinha em como eram as coisas no dia mais importante da vida dos seus pais, o dia que ele chegou. E para mim, fotografar nascimentos é fotografar a força de duas pessoas chegando, o bebê e a mulher-mãe. Nessa história linda, também temos toda a dedicação do Ale em se envolver e estar presente em cada detalhe, e isso foi lindo demais!!!
Cheguei na casa deles nos 7cm de dilatação e ela lá, plena, como brinquei depois, uma lady em trabalho de parto, movimentos suaves, vocalização suave, toda suave, nunca tinha visto.... (a se vocês pudessem me assistir no meu trabalho de parto... nos 7cm eu tava xingando até a mãe - literalmente. hahaha)
A cada onda, mais entrega, a cada onda que vinha eu olhava pra ela e me emocionava e admirava porque a cada contração é uma nova mulher que vem. Cada vez que passamos por essa dor, descobrimos que podemos muito mais do que acreditávamos, e a dor do trabalho de parto, nos fortifica, nos solidifica, e também permite que a gente se entregue, descubra que podemos sempre ir além.
Fui para o hospital com eles, contrações mais longas, e várias, e ela lá, respirando, vocalizando, e ele também lá, presente, atento, com palavras de conforto, e ó: parabéns Ale, melhor motorista de trabalho de parto, calminho calminho.
Coloco aqui as transformações e intensidades e alguns momentos que vivemos dentro do quarto 1, toda a potência da Luana.
Potência essa que ela teve desde que escolheram a equipe, para que pudessem confiar que chegou um momento que a cesariana foi bem indicada para o nascimento, para que o JP chegasse bem e fosse direto para o quarto com ela. E mais uma vez vi a força dessa mulher-mãe que estava nascendo ali. Vi no olhar dela a serenidade de quem sabe que está fazendo o seu melhor, e que já entendeu que a maternidade é isso, não temos controle, vivemos o que o momento nos prepara, e sempre nos adaptamos para o melhor para nossos filhos. Nossas escolhas são racionalizadas a partir desse momento em: qual a consequência que isso trará para meu filho? E aprendemos a fazer decisões rápidas, muito rápidas. Viramos uma outra, mesmo sendo as mesmas. A dualidade da maternidade começa.
Centro cirúrgico pronto, pai chegou, luz baixou. Cada pessoa naquela sala emana os melhores desejos para esse bebê que vai chegar, a sala vibra positividade e estou ali, tendo a honra de ver a Carol pegando aquela pequena cabeça, e o trazendo para esse novo mundo que JP irá desbravar acompanhado de uma dupla incrível, que está pronta pro que der e vier. Ele chega - 19:28 ele chega. Ainda com luz baixa, é passado por baixo do campo para o colo da mãe, ligado ainda a placenta. Nasceram. Os 3. Luana e Ale tem novos nomes agora, o JP só chamará eles assim: pai e mãe.
Mãe, pai e filho se cheiram, se conhecem, se olham. João Pedro calmo e sereno, eu associo ao respeito com que foi recepcionado.
Nasceu, uma nova família nasceu, e eu me emociono aqui de novo escrevendo, porque não tem nada mais lindo do que poder observar vidas chegando nesse mundo. Não tem nada mais esperançoso do que saber que um novo ser será criado, com um mundo de possibilidades a frente. E eu pude presenciar.
Só posso agradecer Luana e Ale, obrigada pela alegria de ver o João Preto chegar, obrigada por ter podido ver aqueles olhinhos atentos, observando o mundo pela primeira vez. Que feliz poder deixar essa história de amor guardada para sempre!
Vida próspera, leve e unida para vocês. Que o caminho seja cercado sempre de pessoas tão incríveis quanto vocês. Parabéns mamãe e papai!!!
Equipe:
Obstetras: Ana Carolina Salles e Thais Montovani
Enfermeiras Obtétricas : Mariana Peppe e Nathalia Villela
Pediatra: Juliana Brunelli
Doula e fisio: Daniella Leiros